sábado, 16 de fevereiro de 2008

o qe eu sou?

Uma Metáfora da Condição Humana.

“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.
Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, embora a águia fosse rei/rainha de todos os pássaros.
Depois de 5 anos, este camponês recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeava pelo jardim, disse o naturalista:
- Este pássaro aí não é galinha. É uma águia.
- De fato, disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha.
Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase 3 metros de extensão.
- Não, retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia, pois tem um coração de águia, que um dia a fará voar às alturas.
- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha, jamais voará como águia.
Então, decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: ”Já que você de fato é uma águia, já que pertence ao céu e não à terra, então, abra suas asas e voe!”
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhou distraidamente ao redor, viu as galinhas lá em baixo ciscando grãos e pulou para junto delas.
O camponês comentou: "Eu não lhe disse? Ela virou galinha!"
- Não, insistiu o naturalista, ela é uma águia! Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte o resultado foi idêntico: quando a águia viu, lá em baixo, as galinhas ciscando grãos, pulou e foi para junto delas. O camponês sorriu e reafirmou: "Ela virou galinha, como lhe disse".
- Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a veremos voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos da montanha. Erguendo a águia para o alto, o naturalista ordenou: "Águia, já que você é uma águia, pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!"
A águia olhou ao redor.Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, ergueu-se soberana sobre si mesma e começou a voar para o alto, a voar cada vez mais alto.
Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento."

Nenhum comentário: